No primeiro dia da fase final das Paralimpíadas Escolares 2023, a delegação amazonense de paradesporto brilhou ao conquistar 17 medalhas, não apenas nos campos do atletismo, natação e halterofilismo, mas também ao estabelecer dois novos recordes escolares.
Os protagonistas dessas marcas históricas são Manassés Santos e Wesley Oliveira, ambos já recordistas na etapa regional em Brasília, ocorrida entre agosto e setembro deste ano. Manassés brilhou no lançamento de disco, enquanto Wesley superou seu próprio recorde na corrida dos 1.500 metros, deixando suas marcas registradas na competição.
Com apenas 15 anos, Manassés agora detém dois recordes nas Paralimpíadas Escolares, adicionando sua vitória anterior na prova do lançamento do dardo em Brasília. Já Wesley, aos 17 anos, reafirmou sua excelência na competição que agora reúne paratletas de todo o país, além do Distrito Federal.
“Esse recorde é fruto de muito trabalho, de uma planilha de treinos executada, e agora é evoluir cada vez mais. Desejo parabéns para o meu colega Manassés, que agora tem dois recordes escolares. Mostramos que o Amazonas está bem representado e que é possível alcançar”, ressaltou Wesley Oliveira. Ambos são oriundos da rede estadual, das Escolas Estaduais (EE) Augusto Carneiro dos Santos e Senador João Bosco Ramos de Lima, respectivamente.
O halterofilismo, inserido recentemente nas modalidades das Paralimpíadas Escolares, proporcionou desafios e conquistas aos paratletas. Para Emily Botelho, aluna da EE Eliana Pacheco Socorro Braga, conquistar medalhas nesta modalidade estreante é encarado com naturalidade.
“Carreguei 45 quilos na primeira tentativa, 50 quilos na segunda e meu recorde pessoal de 52 quilos na terceira. Já tinha conquistado a medalha de prata na última edição das Paralimpíadas Escolares, em 2022. Estou muito feliz e ainda tenho mais um ano escolar para conquistar ainda mais medalhas”, compartilhou Emily.
Getúlio Oliveira, treinador e responsável técnico pela equipe amazonense de halterofilismo nas Paralimpíadas Escolares 2023, destacou a importância de promover o esporte na fase inicial da vida de um atleta, especialmente durante a vida escolar.
“A base é um momento muito importante para um atleta, e mais relevante ainda é ter esse movimento também voltado para alunos com deficiência, que normalmente recebem ainda menos oportunidades. Hoje, nossa expectativa é contribuir com o quadro de medalhas do Amazonas. A Emily teve êxito, e o João Pedro (paratleta amazonense) também terá”, enfatizou o professor.
Getúlio, além de ser treinador, é docente da rede estadual de ensino e foi quem descobriu o atual campeão de halterofilismo dos Jogos Parapan-Americanos 2023, Lucas dos Santos, ex-aluno da Escola Estadual (EE) Antônio da Encarnação Filho.
Nesta quinta-feira (30), os paratletas amazonenses seguem em busca de mais conquistas nas modalidades de atletismo, badminton, halterofilismo, tênis de mesa e natação. Na última edição da fase final das Paralimpíadas Escolares, o Amazonas alcançou a expressiva marca de 34 medalhas.